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sexta-feira, 7 de março de 2008

Contrato de licitação para estação das barcas em São Gonçalo é cassado na Alerj


Tamara Ferreira

O contrato de licitação da empresa Barcas S.A para a concessão da futura estação das barcas com duas linhas, uma social e uma seletiva especial, no município de São Gonçalo, foi cassado na manhã de ontem durante uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Novo processo de licitação será aberto para saber qual empresa ganhará o novo contrato licitatório, podendo ser a própria.
A estação que ficaria no bairro do Gradim deveria estar pronta desde fevereiro de 2000. Mas durante a audiência pública, José Brancatto, que representava a prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset, deixou claro que somente em junho do ano passado o local onde ocorreria a instalação da estação das barcas foi desapropriado. Segundo o secretário estadual de Transporte, Julio Lopes, os oito anos que já passaram teriam sido suficientes para a construção. Mas ressaltou que a empresa Barcas S.A não seria a única culpada pela não concretização do projeto.
"Precisamos ter cuidado para não responsabilizar apenas a empresa. Será preciso realizar uma avaliação minuciosa da responsabilidade de cada parte no contrato", resguardou o secretário. O gerente da câmara de transportes da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp), Nelson Couto, se restringiu a afirmar que a Agetransp tinha conhecimento de que a definição do terreno só foi realizada no ano passado.
Lauro Nobre, representante da Barcas, defendeu a empresa e disse que "o governo precisa olhar para a frente e não ressaltar o passado". Mas o deputado Gilberto Palmares (PT), presidente da comissão especial da Alerj, logo o informou que a audiência pública foi realizada justamente para cobrar uma posição da empresa sobre a futura estação.
Segundo Lauro Nobre, o problema não era somente físico, mas também estratégico.
"Além do terreno, que só foi cedido pela Prefeitura no ano passado, a empresa também estava estudando uma forma de tornar a estação de São Gonçalo atrativa e com uma tarifa competitiva", defendeu.
O vereador de São Gonçalo Miguel Moraes rebateu, de imediato, quando Nobre disse que o governo economizou cerca de R$ 600 milhões durante um ano com a concessão do transporte.
"Não se pode falar da economia feita pelo Estado como se o transporte fosse um assunto unicamente das empresas privadas. Não se pode trabalhar apenas com valores. Transporte é público. Todos precisam", retrucou.
Para Valdo Barros, presidente da Associação de Moradores e Amigos de São Gonçalo (Amasg), não importa quem execute o projeto.
"O povo precisa de uma nova opção de transporte no município. O governo precisa concluir este projeto. Não agüentamos mais passar horas em engarrafamentos por falta de opção", criticou. O deputado Comte Bittencourt (PPS) afirmou ser usuário das barcas e que o problema no serviço existe.
"Como freqüentador, sei disso, mas não posso negar que houve melhorias. Não estou aqui para advogar por Barcas, mas pelo usuário", assegurou.
O Fluminense

1 Comentários:

MPbarcasparaSaoGonçaloRj disse...

Parece brincadeira de criança prometem e não cumprem.O povo Gonçalense precissa de mais respeito e mais uma opção de transporte,a nossa Prefeita parece um gravador so fala o que o nosso Governador anuncia.

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