quarta-feira, 2 de abril de 2008
Caramujos de origem agrícola infestam Niterói e São Gonçalo
Para secretarias de saúde do município infestação não ameaça saúde da população.
Solução é catar e matar os caramujos, dizem especialistas.
Do G1, no Rio
Trazidos para o Brasil nos anos 80 para serem consumidos como alimentos, os caramujos africanos não fizeram sucesso na culinária, mas se adaptaram tão bem a alguns ambientes que já são considerados pragas.
Os moradores de Niterói e de São Gonçalo que o digam. Segundo as secretarias municipais de saúde desses municípios, os animais podem ser encontrados em todos os bairros de São Gonçalo e em Niterói, principalmente na região oceânica.
“Aqui na rua temos um terreno abandonado que está cheio de caramujos. Nós ficamos até com medo de passar ali em frente. À noite, é comum ver quase uma centena deles andando pela rua”, relata Lúcia Dias, moradora da Rua General Castrioto, no bairro do Barreto, em Niterói.
De acordo com as secretarias de saúde das duas cidades, no entanto, os caramujos são uma praga de origem agrícola e não podem ser considerados um problema de saúde pública.
Secretarias não combatem a praga
“Em outros países há, sim, registros de transmissão da doença angiostrongilíase que, em sua forma mais grave, pode causar meningite. Aqui, contudo, nenhum dos 17 estados nos quais o animal pode ser encontrado jamais registrou um caramujo infectado. Trata-se de uma praga de origem agrícola", explica o diretor do centro de controle de zoonoses da Secretaria de Saúde de Niterói, Francisco Faria.
“Em Niterói, recolhemos amostras de caramujos a cada seis meses e mandamos para a Fiocruz que, felizmente, sempre nos informa que eles não estão com o parasita”, completa ele.
As secretarias de saúde dos municípios informam que não combatem o animal, mas que têm equipes que vão regularmente às localidades infestadas para orientar a população sobre as formas de eliminar o caramujo.
Como eliminar o caramujo
O diretor do centro de zoonoses da Secretaria de saúde de São Gonçalo, Jorge Aranha, explica que há duas formas de matar o bicho:
“Nós aconselhamos que a população cate os caramujos um a um. Em seguida, que os coloque num latão e bote fogo. As conchas que sobrarem devem ser quebradas, para não acumularem água e, assim, contribuírem para o problema da dengue. Existe também a possibilidade de matá-los jogando sal, mas nós não recomendamos porque, dessa maneira, não se elimina os ovos do animal”, informa.
Novo produto para combate a caramujo
O Centro de Controle de Zoonoses de São Gonçalo, entretanto, espera pôr em prática, até o final do ano um novo sistema de controle para a praga.
A idéia é colocar equipes na rua para combater o animal com um produto à base de uma substância química chamada acetaldeído, que, quando ingerido pelo caramujo, provoca sua morte em no máximo quatro horas.
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