
"Estamos tristes e esperamos que ele volte em breve. Dom Alano (arcebispo de Niterói) nos disse que está descansando e volta em breve, mas ficamos sabendo que a prefeita está atuando em desfavor da volta do nosso padre", revelou o funcionário público Alexandre Couto.
PROTESTO CENSURADO
Até a comunidade evangélica aderiu ao movimento pelo regresso do sacerdote. Membros da Igreja Evangélica Sinais e Prodígios, de Colubandê, foram para a porta do Rincão com faixa ‘Queremos Padre Dé de volta’ e distribuíam um manifesto intitulado ‘Erva daninha afasta Padre Dé’, em alusão à prefeita. Eles acusam-na de ter ido queixar-se ao arcebispo da bronca que levou do padre durante missa há 15 dias, na qual ela estava presente.
“Estou solidário com o padre pois ele ajuda muito a comunidade. Isso é um ato de covardia, estão usando política para prejudicá-lo”, indigna-se Paulo Pancote, 47, diácono da igreja evangélica, que foi impedido de abrir a faixa no galpão e protestou do lado de fora.
O serralheiro Odair da Conceição, 54 anos, assistiu à missa do último domingo, em que o padre desabafou. “Ele disse abertamente que ela (a prefeita) estaria fazendo pressão junto à Arquidiocese para afastá-lo”, contou Odair que voltou a freqüentar as missas graças ao padre. “Ele fez com que as missas, antes tristes, se tornassem alegres”.
Há 10 anos o Padre Dé tenta montar projeto social no Rincão com clínica de fisioterapia, ambulatório, asilo, e cooperativa para ampliar projeto de assistência a moradores de rua.
“O sonho da vida dele é isso aqui. Ele se angustia pois a casa ainda não está pronta. Vamos procurar terminá-la antes do seu retorno”, afirmou Dom Alano. Padré Dé só vai retornar em novembro, após as eleições.