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domingo, 1 de junho de 2008

Rodoviária não sai do papel em São Gonçalo

A Rodoviária Intermunicipal de São Gonçalo continua virtual. Prometido pela Prefeitura desde o ano passado, o terminal - que poderá ser até interestadual - não saiu do papel. A área destinada à construção - um terreno doado pelo Departamento de Estradas de Rodagem e localizado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-104), no Colubandê - continua ociosa.
No último dia 12, o Executivo firmou um contrato de intenções com empresários chineses para a construção do empreendimento, mas, segundo a Prefeitura, eles "estão no aguarda de um tratado mais comprometedor com os empresários".
Segundo o secretário municipal de Projetos Especiais, Fernando Meira, o acordo assinado pela Prefeitura prevê a isenção de impostos como IPTU e ISS por 25 anos para os empresários. Os donos de empresas de ônibus também teriam o direito de explorar as lojas do empreendimento.
Enquanto o projeto não sai do papel, a comunidade vizinha torce pelo início das obras. O local escolhido para abrigar a rodoviária fica localizado entre uma escola e dois condomínios residenciais. Eles vêem no empreendimento esperança de melhorias.
"É a primeira vez que ouço falar desse projeto, mas acho uma ótima idéia. Vai trazer melhoria para o transporte da cidade, com uma maior oferta de ônibus. É muito ruim ter que ir a Niterói ou para o Rio de Janeiro para poder pegar um ônibus de viagem", disse o açougueiro Júlio César Santana Gouveia, de 29 anos, morador no bairro Almerinda.
Marcos Avelar, subsíndico do Condomínio Pólo Integrado Ernani do Amaral Peixoto (que fica atrás do terreno onde deverá ser construída a rodoviária) considera boa a idéia.
"Os moradores estão receptivos porque acreditam que o empreendimento irá trazer mais infra-estrutura e segurança para o local, que há anos está abandonado. Não temos muitas áreas de lazer aqui perto, então, ter um shopping, com praça de alimentação será muito bom", acredita o subsíndico.
Moradora antiga do condomínio, a dona de casa Martha Figueiredo, de 49 anos, espera que o poder público trabalhe de forma integrada para evitar que a construção leve problemas para a região.
"Uma rodoviária implica em aumento de movimento, o que pode gerar aumento da violência e atração de todo tipo de pessoas, até mesmo moradores de rua", pondera a dona de casa.
A diretora do Ciep 412 Doutor Zerbini, Maria das Graças Avelar, que reivindica uma passarela no local, acredita que o empreendimento facilite a travessia dos alunos.
"A gente ouve que farão a rodoviária, mas ainda não recebi nenhum comunicado", opina a diretora.
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