O vereador Geiso Pereira Turques (PDT), investigado por ligação com a milícia do Rio de Janeiro, subvalorizou e omitiu informações da sua declaração de bens ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O candidato à reeleição pela Câmara de São Gonçalo escondeu uma lancha em seu nome, e ainda declarou o valor de sua mansão em Jacarepaguá como sendo de apenas R$ 30 mil.
A casa, na verdade, quando foi comprada em janeiro de 2007, de acordo com a escritura do 9º Registro Geral de Imóveis, estava avaliada em R$ 400 mil. Uma entrada de R$ 200 mil mais 48 parcelas mensais de R$ 6.140 formaram o pagamento total. A mansão tem 199 metros quadrados, dois andares e piscina.
Já a Pitita Rio tem 7,2 m de comprimento e está estimada em R$ 8 mil. A lancha, inscrita na Capitania dos Portos, em Cabo Frio, não foi declarada.
Em relação aos carros, Geiso declarou ter um Vectra - R$ 30 mil - e uma Toyota Hilux - R$ 40 mil. Nas concessionárias, os veículos não saem da loja pelo dobro do preço, no mínimo. Por último, ele colocou uma retroescavadeira de R$ 37 mil.
De qualquer forma, não há no país nenhuma lei que impeça o candidato de omitir ou subavaliar imóveis e carros na Justiça. Geiso já foi réu em seis processos - um deles referente a homicídio, e outro, tortura.
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