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terça-feira, 27 de maio de 2008

Divulgada tabela com ranking de cidades beneficiadas pelo ICMS Verde

Catorze cidades do estado do Rio de Janeiro não vão ganhar um tostão por não possuírem políticas de conservação ambiental, como tratamentode esgoto, lixo, proteção de florestas e mananciais de água. Aestimativa é baseada no cálculo do ICMS Verde, imposto que podebeneficiar ou não as cidades que zelarem pelo meio ambiente. A tabelafoi publicada nesta terça-feira pelo governo estadual.
SÃO GONÇALO NÃO VAI RECEBER NADA.
A lei prevê que, da parcela de 25% do Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços (ICMS) destinada aos municípios, um percentualfique com prefeituras que despoluem rios, promovem a destinaçãoadequada do lixo e criam unidades de conservação. Sancionado emoutubro de 2007 pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, o ICMS verdeentra em vigor em 2009. Mas as cidades já podem saber o que ganham e oque perdem.
Os 14 municípios que tiraram nota zero pertencem, na maioria, aonoroeste do estado. São as cidades mais pobres e com menos estrutura:Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Laje do Muriaé,Macuco, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai. Na REgiãoSerrana estão: Areal, Paraíba do Sul, Comendador Levy Gasparian e TrêsRios; e São João da Barra, na Região Norte.

Cálculo

Para chegar ao índice a Fundação Cide, órgão do governo do estado quecalculou a taxa, reuniu dados passados pelos municípios. Quem nãotinha nenhuma política ambiental, como as já citadas, ficou com "nota"zero. Conforme o município apresentasse ações de convervação o índicecrescia. Quanto maior o valor, maior o percentual redistribuido apartir do ICMS. Dos R$ 3,6 bilhões a que as 92 cidades têm direito, R$36 milhões vão ser apenas do ICMS Verde.

As cidades mais "verdes"

Os municípios que abocanharam a maior parcela do imposto são os maisdesenvolvidos do estado. Mas isso não é uma regra. Cachoeiras deMacacu, por exemplo, possui o maior índice porque têm um grandemanancial em seu território, mas não dispõe de coleta de esgoto, entreoutros cuidados. A cidade ficou com 5,7 de índice, e vai levar 5,7%dos R$ 36 milhões, ou seja, R$ 2.052 milhões.
A capital Rio de Janeiro tirou nota 3,2, e levará R$ 1,1 milhão. JáNiterói, que ficou com 3,67, ganhará R% 1,3 milhão. Nova Iguaçu eMesquita, que ficaram com 3,8 e 3,6, respectivamente, também vãoarrecadar boas quantias. Assim como Resende, também com índice 3,6, ePetrópolis, com 3,4.
A idéia é que o percentual destinado a prefeituras com boa gestãoambiental cresça a cada ano. Em 2011, a arrecadação atingirá o tetoprevisto em lei, de 2,5% do valor do ICMS arrecadado pelos municípios- o que seria o equivalente a cerca de R$ 100 milhões.
Esta iniciativa já acontece em mais de 10 estados brasileiros: em SãoPaulo desde 1993, Minas desde 1995, Rondônia, desde 1996, Rio Grandedo Sul desde 1998, Mato Grosso e Pernambuco desde 2001.
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