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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Pais acusam posto de saúde, em São Gonçalo, por morte do filho de 26 dias

O comerciante Everton de Carvalho, de 33 anos, acusa o posto de Saúde Hélio Cruz, em Alcântara, pela morte de seu filho, Everton Junior, que morreu no último dia 17, às 23h10, com 26 dias de vida, no Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas, após ser internado por conta de um abscesso ou celulite (inchaço), na coxa direita. Na certidão de óbito, as causas apontadas são parada respiratória, seguida de choque séptico ou sepse. De acordo com Everton, ele levou a criança para tomar a vacina BCG e de Hepatite no dia 5 de maio, no posto de saúde. Após alguns dias, o bebê teve uma reação à vacina e, logo depois, apresentou inchaço na coxa direita. A criança foi levada novamente ao posto de saúde no dia nove, mas a unidade não tinha nenhum pediatra para atendê-la e acabou sendo encaminhada para o Hospital Infantil Darcy Vargas, onde ficou internado até o dia 14, quando teve três paradas cardiorrespiratórias, vindo a falecer três dias depois no Centro de Tratamento Intensivo (CTI).Ainda de acordo com Everton, o abscesso teria sido causado pela falta de higiene do posto de saúde. "Meu filho nasceu saudável, com 2,8 kg e 50 centímetros. Ele morreu 15 dias após a vacina. Alguns funcionários do hospital Darcy Vargas me disseram, informalmente, que a infecção no sangue do meu filho ocorreu por conta da falta de higienização do posto de saúde", conta Everton. Para a médica que assinou a certidão de óbito da criança, Adriana Cócaro, responsável noturna pela UTI do hospital Darcy Vargas, a morte ocorreu por conta de uma fatalidade. "A criança chegou com uma celulite no local de aplicação da vacina. Mas isso não significa que a causa da morte foi uma reação à vacina ou a falta de higiene do posto. Várias crianças passaram pelo mesmo procedimento nesse dia e não sofreram nada. Foi uma fatalidade. Os bebês, naturalmente, têm baixa imunidade, e alguns não respondem ao tratamento", disse a médica.
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