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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sofrimento dos moradores de Itaóca


O RJ-Móvel foi à Ilha de Itaoca, na periferia de São Gonçalo, para comprovar o estado de abandono do lugar. São sacos de lixo jogados pelo chão, ruas não pavimentadas e enlameadas.

O RJ-Móvel esteve na Ilha de Itaóca, na periferia de São Gonçalo. O acesso dos alunos para escola estadual do bairro está cheio de lama. Uma equipe de reportagem do RJTV chegou no local na manhã desta quinta-feira (8) e todas as pessoas entrevistadas reclamaram do estado de abandono do lugar. Ilha de Itaóca é um lugar esquecido. É o que dizem os moradores. "A gente está pedindo socorro", afirmou uma senhora. Sacos de lixo largados em terrenos comprovam o abandono. Parece que não existe coleta e nem mesmo as ruas. "A prefeitura só passa a máquina, afunda mais a rua. Vem a água da maré e ascaba com tudo", contou um morador. A equipe do RJTV teve dificuldades de circular pelo bairro. "Para sair de casa, é muito sofrimento", afirmou Oscar. O ponto de ônibus fica sempre lotado, e muitas linhas foram suspensas."Tem que acaber todo mundo dentro do ônibus. eles têm que dar o jeito delesa gente tem que ir",se revolta uma senhora. "Lá apra dentro, também é cheio de buraco. Eles não fazem nada. É um descaso total", disse um passageiro de dentro do önibus. Por isso, muita gente acaba preferindo usar pequenas barcas que levam até a Ilha de Paquetá. "Pegar essa barca, ir até Paquetá ou pegar uma até o Rio. Eu trabalho em Niterói. Então, pegar outra até Niterói", conta uma senhora. Os alunos de um Ciep têm que caminhar até a escola, porque o ônibus que fazia o trajeto não circula mais. "Alunos já abandonaram a escola. Ao todo, 150 já abandonaram a escola. Dois professores já pediram para sair e já foram, porque não suportam mais passar por essas dificuldades", revelou a diretora do Ciep, Tânia Rangel. "Respeito. Nós queremos dignidade. Queremos o direito de ir e vir", se revolta uma senhora. A Prefeitura de São Gonçalo prometeu que, ainda nesta quinta-feira, a coleta de lixo será regularizada no bairro. Sobre o problema da falta de pavimentação, a Secretaria de Meio Ambiente informou que que as ações precisam ser estudadas, por causa do impacto ambiental, em uma área de manguezal. Por isso, medidas emergenciais estão sendo tomadas, como a colocação de pedras nas ruas. Já a Secretaria Municipal de Transportes informou os ônibus só vão voltar a circular, depois que as ruas forem melhoradas.
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